O planejamento inicial era dormir em Puerto San Julian e Sarmiento, antes de chegarmos a Bariloche, mas resolvemos esticar um pouco mais e dormimos em Caleta Olívia. No dia seguinte, pilotamos até Bariloche fazendo um total de quase 2.000 km em dois dias. A rodovia chegando à cidade é formada por curvas fechadas que circundam lagos que formam uma paisagem linda. Apesar disso, tivemos que redobrar a atenção pois o trânsito estava intenso com carros que rumavam nos dois sentidos. Vimos dois acidentes no percurso, mas aparentemente sem vítimas fatais.
Não tivemos muita dificuldade em encontrar hotel, mas tivemos um desgaste, pois onde dormimos só tinha vaga para uma noite e não nos avisaram. No dia seguinte, quando fomos deixar a chave na recepção, avisaram-nos que teríamos que sair. Apesar das argumentações, não teve jeito. A sorte foi que havia outro hotel em frente onde havia vaga.
Curtimos pouco a cidade, pois no dia em que íamos fazer um passeio pelos lagos, amanheceu nublado e abortamos. No caminho, paramos numa fabriqueta de cerveja onde provamos uma feita com framboesa. Segundo o menu, era a champanhe das cervejas. Um pouco adocicada. Não apreciei muito.
Depois de duas noites em Bariloche, rumamos para Victoria, a cidade onde dormiríamos antes de chegarmos a Santiago. Antes, porém, tivemos que cruzar mais uma vez a fronteira Argentina-Chile. Pra variar, outra burocracia. Perdemos quase duas horas. Logo depois, pra compensar, outra paisagem linda formada pela cordilheira dos Andes e lagos por onde a rodovia serpenteava, nos fez esquecer o contratempo da imigração. Uma nuvem densa e cinza anunciava chuva para logo mais. Não demorou muito e parecia que estávamos pilotando nas nuvens. Uma névoa branca e espessa nos fez redobrar a atenção nas várias curvas que à nossa frente apareciam. A visibilidade era de poucos metros e a chuva fina que formava gotículas que escorriam pela viseira do capacete, dificultava ainda mais a pilotagem. A velocidade, às vezes, caía para 40 km/h. O tempo depois melhorou e finalmente chegamos a Victoria, onde passamos a noite.
No dia seguinte, rumamos para Santiago. A rodovia, que desde Osorno já era pista dupla, facilitou muito o nosso percurso. Chegamos em Santiago e já sentimos falta do GPS. Este "pequeno" detalhe nos fez planejarmos dormir em Vina Del Mar, já que é uma cidade bem menor e seria mais fácil utilizar a técnica QTBVR. Tivemos dificuldade em encontrar a rodovia para Vina, pois não haviam placas com a indicação, apenas número da saída. Paramos num posto e pedimos informação. Mesmo assim, rumamos para o lado errado. Só após uma segunda utilização do QTBVR é que encontramos o caminho.
As placas indicavam Valparaiso/Vina Del Mar. As duas cidades praticamente são coladas. No caminho, muitos parreirais indicavam porque a cidade tinha este nome. Na noite anterior, vimos alguns hotéis pelo Booking, o que facilitou encontrarmos um hostal.
Na manhã seguinte, fomos a uma praia e demos uma volta pela cidade. Vina Del Mar é o balneário dos chilenos. Uma cidade para passar temporada.
Amanhã vamos para Mendoza, já na Argentina. Depois eu conto mais.
Cara, fiquei incomodado com essa história do GPS. Você não procurou para comprar outro ou não tinha GPS mesmo, por onde passou? Tirando o GPS e a burrocracia entre Argentina/Chile/Argentina, tô gostando de seus relatos. Dá pra escrever um livro. Isso, garoto!!! Parabéns!!!
ResponderExcluirVilmar
Vimar Noleto, havia respondido no celular, mas vi que não foi. Na verdade, até que tentamos comprar um GPS. Começamos por Chuí, que tinha uma zona franca, mas não encontramos para motos. Depois tentamos Punta Arenas que tinha outra ZF, mas não pareceu tão barato assim. Resolvemos seguir sem mesmo, pois na rodovia não se sentia tanta falta. Apenas numa cidade maior.
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